Cortez e os Astecas

 

 

Hernan Cortez nascido em Medelim (Badajoz) em 1485 morrendo em Castilleja de La Cuesta (Sevilla) em 2 de Dezembro de 1547 aos 63 anos de idade.

É com essa brevíssima descrição sobre Cortez que começo este tópico, onde vou me preocupar com o primeiro contato de Cortez e Montezuma II, onde a questão do outro segundo Tzvetan Todorov esta muito nítida tanto para os nativos em realmente saber quem são essas pessoas como os espanhóis de Cortez em analisar o que esta gente tem para oferecer e conquistar em seguida.Cortez fica maravilhado com a imponente capital asteca escrevendo mais tarde ao rei espanhol que nunca vira qualquer cidade no mundo parecida com a magnífica Tenochtitlán, nem mesmo a Espanha tinha tamanha riqueza e luxo, ainda que admirando os nativos, guardou para si os elogios a eles.

Pelo lado nativo, os indígenas recepcionaram os espanhóis como seres divinos (acredita-se que esta teoria tenha sido dita no período pós-conquista, pois Montezuma sabia que os espanhóis eram tão humanos quanto ele) suas vestimentas, cavalos e armas despertavam um interesse de curiosidade e ao mesmo tempo um sentimento de devoção para com os espanhóis que se valeram disso para adentrar facilmente na capital.

Em 1519 Cortez chega aos domínios da capital asteca, Tenochtitlán após se aventurar em terras nativas por onde agrupou centenas ou milhares de indígenas seguidores, seja pela força (demonstração bélica) ou pelo discurso ideológico já que por ser um império, os astecas mantinham sobe o seu domínio uma vasta região onde diversas tribos habitavam tendo que pagar pesadas taxas tributarias, esses índios perceberam nos espanhóis uma chance de se livrar do julgo asteca e tornarem-se livres. Veremos mais a frente que isso não ocorreu.

Hernan Cortez

 

 

Montezuma II recebe Cortez com toda a grandeza, respeito e uma imensa vontade de conhecer aqueles homens que acabara de chegar a sua capital. Membros da mais alta nobreza juntamente com o imperador os recebem, presenteando-os com peças de ouro, colares de rica plumagem e artesanato. Porém os olhos espanhóis voltaram-se para o ouro que estava presente naqueles presentes.

O imperador asteca tratava Cortez com uma luxuosidade, amabilidade e por que não obediência, que o próprio Cortez nunca teve nem mesmo na corte espanhola. Acreditando ser a principio enviado ou o próprio Quetzalcoatl um ser mítico na qual sua chegada estava prevista para esse mesmo ano, Montezuma em muitas vezes alertado por seus sacerdotes sobre o verdadeiro homem que estava ali, não deu ouvidos a seus conselheiros e acabou sendo mantido em cativeiro dentro de seu próprio reino pelos invasores.Acreditava-se que Montezuma temia por sua vida, ou por perder seu poder político e ate mesmo aceitou essa submissão para colher mais informações sobre os espanhóis, mas não levou adiante nenhuma dessas práticas.

Montezuma II imperador asteca

 

 

A essa altura parte da população encontrava-se inquieta apesar do imperador estar sendo bem cuidado, o fato de que o representante divino dos astecas na terra foi aprisionado pelos espanhóis, não soava nada bem, além de Cortez proibir uma série de atividades como os sacrifícios que para os atecas era algo muito sagrado, tentava implantar a fé cristã dentro da capital asteca com a ajuda de Montezuma que inclusive estaria disposto a ser batizado e receber um novo nome.

Um acontecimento inesperado afasta Cortez da capital asteca, pois as tropas de Panfilo de Narvaz a mando do governador de Cuba Diego Velázquez que inicialmente mandou Cortez para uma incursão as terras de Yucatan com o interesse de arrecadar ouro e outras especiarias, revoga a sua autoridade e manda uma tropa sob o comando de Narvaz para capturar Cortez.

Cortez parte para o encontro de Narvaz e durante o caminho agrega nativos aliados a sua campanha contra os astecas, principalmente os Totonacas e os Tlaxcaltecas que ajudaram Cortez no entrave com as tropas de Narvaz, uma vez vencidas se agregam ao exército de Cortez com a promessa de muitas riquezas na capital Tenochtitlán. Enquanto Cortez ia ao encontro do inimigo, deixa a capital asteca aos cuidados de Alvarado que promove um verdadeiro massacre na ausência de Cortez, episodio esse que assassinou muitos nobres no conhecido massacre do Templo Maior.

Esta ação um tanto precipitada de Alvarado vai provocar nos indígenas um imenso sentimento de revolta que ao regresso de Cortez ficará conhecido como a Noite Triste, onde trataremos mais detalhadamente no tópico a queda dos impérios.

Massacre espanhol aos nativos astecas