Inca

 

 

Quando Pizarro chega às terras incas, se depara com uma guerra interna pelo trono entre os irmãos Atahualpa e Huascar. De acordo com a tradição, todo Inca deveria casar-se com uma mulher de sangue real nascida em Cuzco. Huayna Capac o fez e desse casamento, sem alegria, nasceu Huáscar (“o odiado”), herdeiro legítimo do trono. No entanto, Huayna estava apaixonado pela Princesa de Quito; e desse amor, presenciado com horror pelo Império, nasceu seu querido filho Atahualpa (“filho da fortuna na terra”). Huáscar era odiado pelo pai e amado pelo povo, enquanto Atahualpa tinha o amor do pai e o ódio do povo, isso os fez crescer em constante rivalidade.

Antes de morrer, dividiu seu império entre os irmãos, um ficando com o norte(Atahualpa) e o outro com o sul (Huascar) travando uma intensa luta pelo império.

A descentralização do império favoreceu o conquistador espanhol, pois encontrou a unidade dividida entre os irmãos, o que facilitou sua entrada ao império.

Como já descrito nos tópicos anteriores Pizarro seqüestra Atahualpa, o irmão vencedor, exigindo uma quantia de resgate em ouro; A palavra é mantida e o ouro entregue, só que Atahualpa não é solto, pelo contrário é assassinado por estrangulamento acusado de conspirar contra um dos irmãos do espanhol Pizarro.

Captura de Atahualpa.

 

            Uma vez concluída a primeira etapa da conquista, os espanhóis não encontraram muita resistência, se aliaram à nobreza aliada a Huascar rumando para Cuzco a fim de completar a ocupação. Nomeando irmão de Huascar, Toparpa como imperador fantoche Pizarro pretendia manter uma certa tranqüilidade ate o controle final de todo o império.

            Nos já sabemos que isso não foi possível, dada a instabilidade que o império se encontra, focos de resistência ainda existentes atrasam o avanço espanhol, incluindo mais tarde os próprios irmão de Pizarro dando origem a uma guerra interna pelos espólios conquistados.

 

Pizarro e a nobreza aliada a Huascar.

 

Lembremos dos Astecas, e o seu primeiro contato com os espanhóis, eram eles deuses? Os incas caíram no mesmo erro que os astecas, em acreditar que os homens branco eram na verdade o deus Viracocha, de pele branca que sumiu misteriosamente, regressando então na figura de Pizarro e seus homens.

Sabiamente o espanhol se fez valer desse engano penetrando facilmente no império.

Sua cobiça pelo ouro e prata, seu comportamento agressivo e os constantes maus tratos as mulheres, crianças e as demais pessoas, fizeram com que os incas desacreditassem nessa teoria, só que tardiamente. Uma vez dentro do império, seria muito difícil sair e a partir daí, começa um banho de sangue que horrorizou o mundo, juntamente com a invasão asteca, os episódios mataram quase 50.000.000 de pessoas, perdendo apenas para as duas grandes guerras mundiais.

 

 Indígena capturado por um espanhol

 

 

 

O inicio Da Guerra Civil.

 

Almagro, considerando que o Cuzco fazia parte da sua Jurisdição, destituiu Juan Pizarro e o encarcerou com o seu irmão Gonzalo. Francisco Pizarro viajou de Lima a Cuzco para assinar um acordo com Almagro, logo depois Almagro viaja se dirigindo para o Chile.

Ao voltar da sua fracassada expedição, Almagro tentou recuperar a cidade de Cuzco, defendida por Francisco Pizarro, e que estava cercada por um exército de nativos remanescentes comandados por Manco Capac II. Almagro encarcerou Francisco e Gonzalo Pizarro. Pouco depois, chegou-se a um novo acordo com Pizarro no ano de 1537.

Esta segunda paz foi muito curta, e os exércitos voltaram a se enfrentar na chamada Batalha das Salinas no ano 1538 na cidade de Cuzco. Finalmente os almagristas foram derrotados, e Diego de Almagro foi processado e condenado à morte e sendo executado por Francisco Pizarro, na praça Maior de Cuzco, a 8 de julho de 1538. Depois da morte de Almagro, Pizarro dedicou-se a consolidar a colônia espanhola e a fomentar as atividades colonizadoras.

Com a morte do seu líder, os partidários de Almagro se agruparam ao redor do seu filho, Diego de Almagro o “moço” conseguiram entrar ao Palácio de Pizarro em Lima, e o mataram no dia 26 de junho de 1541.